PENSAMENTOS E FRASES

“A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."

(Jean Piaget)

domingo, 15 de setembro de 2013

ALUNOS DA REDE ESTADUAL PODEM CONCORRER A BOLSAS INTEGRAIS NA PUC-RIO

As inscrições já estão abertas e vão até o dia 15/09

Os alunos da rede estadual que estejam concluindo o Ensino Médio ou que tenham concluído no ano passado podem concorrer a bolsas integrais para o primeiro semestre de 2014 na PUC-Rio. A oferta é resultado de mais um convênio assinado pela Secretaria de Estado de Educação para facilitar o acesso dos estudantes da rede ao Ensino Superior.

As inscrições podem ser feitas pelo site http://www.puc-rio.br/vestibular/. O aluno da rede deverá preencher o campo “nome completo” exatamente como consta no sistema Conexão Educação. Para assegurar-se de que o preenchimento seja feito de acordo com esse critério, o aluno deverá verificar seus dados por meio do Boletim Eletrônico no portal Conexão Aluno, acessível pelo site http://www.conexaoaluno.rj.gov.br.

No total, serão oferecidas cinco bolsas para os seguintes cursos: Direito, Relações Internacionais, Administração, Comunicação Social e Engenharia.

Serão oferecidas bolsas aos alunos que preencherem os requisitos abaixo, cumulativamente:

- Forem aprovados no vestibular da instituição e obtiverem as melhores classificações frente aos demais alunos concorrentes da rede estadual em cada curso oferecido pela PUC-Rio.

- Terem participado de, pelo menos, um terço dos exames bimestrais (Saerjinhos) no caso dos alunos que estão cursando o último ano do Ensino Médio no ano em vigência e de pelo menos dois terços dos exames no caso dos alunos que cursaram a 3ª série no ano passado.

As provas serão realizadas nos dias 13 e 14 de outubro.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Análise e estrutura do livro SENHORA


Análise


Senhora foi publicado em 1875. O romance pode ser considerado uma das obras-primas de seu autor e uma das principais da literatura brasileira. Uma vez que trata do tema do casamento burguês, ou seja, baseado no interesse financeiro, pode ser considerada precursora do Realismo ou pré-realista.  



Alencar classifica a obra dentro de seus “perfis de mulher”, já que concentra na mulher o papel mais importante dentro da sociedade de seu tempo. Aurélia é a protagonista do romance, uma jovem mulher dividida entre o amor e o ódio, o desejo e o desprezo pelo homem que ama. Essa personalidade dividida apresenta um desvio psíquico ocasionado a partir do rompimento do noivo, Fernando Seixas, e que causou um certo caso de esquizofrenia na personagem.



A personagem Aurélia Camargo é idealizada como uma rainha, como uma heroína romântica, pelo narrador. De "régia fronte, coroada de diadema de cabelos castanhos, de formosas espáduas", essa personagem, no entanto, é ao mesmo tempo "fada encantada" e "ninfa das chamas, lasciva salamandra". Ao estereótipo da "mulher-anjo" romântica, o narrador acrescenta, assim, um elemento demoníaco, elemento que, em vez de explicitar, deixa sugerido, "sob as pregas do roupão de cambraia que a luz do sol não ilumina", e também "sob a voz bramida, o gesto sublime, escondendo o frêmito que lembrava silvo de serpente" ou quando "o braço mimoso e torneado faz um movimento hirto para vibrar o supremo desprezo". Tal maneira de caracterizar a personagem - pelos elementos exteriores - é típica do narrador observador. Tal caracterização, por sua vez, humaniza a personagem, afastando-a do maniqueísmo romântico e acrescentando-lhe traços realistas.



O conflito entre os protagonistas gera momentos de grande emoção e sofrimento. É desse embate entre o desejo de vingança e o desejo de amar em plenitude que nasce a ação psíquica que se transforma em enredo. Se a temática e o psiquismo da obra representam antecipações realistas, ambos fortemente consolidados pela evidente critica de uma sociedade que valoriza mais a aparência e o dinheiro que os sentimentos humanos, a idealização das personagens reflete o universo romântico presente na obra. O desenlace configura, por si só, a vitória do Romantismo em Alencar sobre a possibilidade realista.



Para melhor entendermos a obra, devemos perceber as interações do artista que a criou. Alencar acreditava sinceramente na vitória do homem na reforma de si mesmo e da sociedade. Não havia nele ainda o traço de pessimismo profundo e de ceticismo que tantaspáginas maravilhosas fizeram nascer em Machado de Assis. É dessa crença nos sentimentos humanitários que bruta o Romantismo alencariano, do qual bruta a força vital de suas personagens. Divididos entre o ódio e o perdão, a necessidade financeira e os apelos do coração, vencem sempre os segundos. O mesmo caso pode ser observado na construção do romance Lucíola, mas com um final trágico. Em ambos os romances a premente necessidade do dinheiro, veículo central de uma sociedade aristocrática e burguesa, obriga personagens a trocarem seus sentimentos por dinheiro. O grande vilão, o antagonista, é sempre a sociedade e seus hábitos doentios e seus costumes imorais. Se é essa a pretensão do autor, o seu recado para a sociedade de seu tempo, devemos classificarSenhora com um romance de costumes. Se o cenário das personagens é o Rio de Janeiro da segunda metade do século XIXpodemos também considerá-lo como um romance urbano com traços de psicologismo e critica social.



Estrutura da obra



Senhora é um romance dividido em quatro partes e não obedece uma ordem cronológica, isto é, a primeira parte (O Preço), narra os episódios atuais, enquanto que a segunda parte (Quitação), fala-nos do passado de Aurélia, seguem os capítulos: Posse e Resgate. A narrativa é feita por um narrador que parece penetrar na alma de Aurélia Camargo para transmitir suas confidências mais intimas. 



Esses títulos contrariam ostensivamente o espírito de uma história de amor, como efetivamente é o romance Senhora. Mas, como se trata de um amor contrariado pelos hábitos sociais, fica clara a idéia de que os títulos foram assim escolhidos para hipertrofiar a metáfora contida no livro. Eles explicitam, em tom caricatural e hiperbólico, a idéia de que a compra efetuada por Aurélia é uma metáfora do casamento por interesse, muito corrente na época, mas sempre disfarçado por elegantes e frágeis encenações sociais.



Enredo



Na primeira parte, O Preço,  Aurélia Camargo dá a conhecer para o leitor: jovem de 18 anos, linda e debutando nos bailes. A principal ação desta primeira parte do romance começa quando Aurélia pede ao tio que ofereça ao jovem Fernando Seixas, recém-chegado na corte após uma longa viagem ao Nordeste, a sua mão em casamento. Entretanto, uma aura de mistério cobre o pedido, pois Fernando não deve saber a identidade da pretendente e além disso a quantia do dote proposto deve ser irrecusável: cem contos de réis ou mais, se necessário.



A habilidade mercantil de Lemos, que chega a ser caricata, e a péssima situação financeira de Fernando - moço elegante mas pobre, que gastou o espólio deixado pelo pai e que precisava restituí-lo à família para a compra do enxoval da irmã - fazem com que dêem certo os planos de Aurélia.



Na noite de núpcias, Fernando se surpreende ao ver nas mãos de Aurélia, um recibo assinado por ele aceitando um adiantamento do dote. Aurélia se enfurece, acusa-o de mercenário e venal. E ela começa a contar a vida e os motivos que a levaram a comprá-lo.



Na segunda parte, Quitação, conhecemos a vida de ambos os protagonistas. Aqui há um retorno aos acontecimentos em suas vidas, o que explica ao leitor o procedimento cruel de Aurélia em relação a Fernando.



Na terceira parte, Posse, a história retorna ao quarto do casal. Vemos Fernando arrasado de vergonha, mas Aurélia toma o seu silêncio como cinismo. É o início da fase de hipocrisia conjugal.



Na quarta parte, Resgate, temos o desenrolar da trama. Intensificam-se os caprichos e as contradições do comportamento de Aurélia, ora ferina, mordaz, insaciável na sua sede de vingança, ora ciumenta, doce, apaixonada. Intensifica-se também a transformação de Fernando, que não usufrui da riqueza de Aurélia, tornando-se modesto nos trajes, assíduo na repartição onde trabalhava, e assim adquirindo, sem perder a elegância, uma dignidade de caráter que nunca tivera.



No final, Fernando, um ano após o casamento, negocia com Aurélia o seu resgate. Devolve-lhe os vinte contos de réis, que correspondiam ao adiantamento do montante total do dote com o qual possibilitava o casamento da irmã, e mais o cheque que Aurélia lhe dera, de oitenta contos de réis, na noite de núpcias.



Separam-se, então, a esposa traída e o marido comprado, para se reencontrarem os amantes, a última recusa de Seixas sendo debelada quando Aurélia lhe mostra o testamento que fizera, quando casaram, revelando-lhe o seu amor e destinando-lhe toda a sua fortuna.



O enredo deste romance mostra claramente a mistura de elementos romanescos e da realidade. Foco narrativo - O romance é narrado em terceira pessoa por um narrador onisciente, ou seja, que tudo sabe sobre as personagens, penetrando em seus pensamentos e em sua alma. Esse narrador é também intruso, já que interfere em vários momentos, apresentando-se ao leitor. A técnica narrativa empregada por Alencar em Senhora é sem dúvida bem moderna, se tomarmos como base suas obras anteriores, já que o autor utiliza digressões.



Tempo - O tempo é cronológico, tomando como base o século XIX, durante o Segundo Império. Entretanto, não há linearidade, já que a história é contada a partir de flash-back.



Espaço



O espaço central da narrativa é Rio de Janeiro.



Personagens



As personagens são bem construídas e já apresentam certa profundidade psicológica. Ao contrário de várias personagens românticas, não constituem meros tipos sociais, já que são capazes de atitudes inesperadas.



1. Fernando Seixas: Jovem estudante de Direito, bem vestido e apreciador da vida em sociedade. A falta de dinheiro o conduz a acreditar que a única maneira de evitar a ruína final é casando-se com um bom dote. Envolvido pelo amor de Aurélia, chega a pensar em abandonar os hábitos caros, mas acaba percebendo que não consegue viver longe da sociedade. Depois do casamento por interesse, é humilhado, arrepende-se e consegue resgatar o dinheiro que recebeu a Aurélia.



2. Aurélia CamargoMoça pobre. Aurélia é decente e apaixonada por Fernando Seixas. A decepção amorosa transforma-a num mulher vingativa e fria, mas que não consegue disfarçar seu verdadeiro sentimento por Seixas. Seu comportamento é típico de uma esquizofrênica, já que se vê dividida entre sentimentos contraditórios até o final do romance. O amor parece ser sua salvação, redimindo-a de perder o homem que ama por causa de seu orgulho.



3. Dona Emília: Viúva, mãe de Aurélia. Mulher honesta e séria, que amargou imenso sofrimento por causa de seu amor por Pedro Camargo.



4. Pedro Camargo: Pai de Aurélia, filho natural de um rico fazendeiro do interior de São Paulo, de quem nutria grande medo. Morre à mingua por não conseguir confessar seu casamento contra a vontade do pai.



5.  Lourenço Camargo: Avô de Aurélia. Pai de Pedro. Homem duro e rústico, mas que procura ser justo depois que descobre a existência do casamento do filho.



6.   D. Firmina: Parente distante de Aurélia e que lhe serve de companhia quando fica rica.



7.  Lemos: Tio de Aurélia. “Velho de pequena estatura, não muito gordo, mas rolho e bojudo como um vaso chinês. Apesar de seu corpo rechonchudo tinha certa vivacidade buliçosa e saltitante que lhe dava petulância de rapaz, e casava perfeitamente com seus olhinhos de azougue.” Foi escolhido por Aurélia como tutor porque a moça podia dominá-lo facilmente.Estilo de época e individual



Alencar não destoa do Romantismo em voga. A sua visão de mundo é baseada na emoção, e o mundo urbano, com seus problemas políticos e econômicos, o aborrece, por isso foge para o passado; escapa para os lugares selvagens. Suas obras procuram retratar um Brasil e personagens mais ideais do que reais, mais como ele gostaria que moralmente fossem (românticos e moralistas) do que objetivamente eram (realistas). Senhora é um romance de características definidas de forma romântica, mas que já traduz uma temática realista: a crítica ao casamento burguês.



Problemática e principais temas



O conflito amoroso entre os protagonistas nasce desse choque entre os sentimentos e o interesse econômico. Aurélia Camargo é uma mulher de personalidade forte, carregada de sentimentalismo romântico. Daí sua contradição, sua personalidade marcada por extremos psíquicos: dá maior valor aos sentimentos, mas vale-se do dinheiro para atingir seu objetivo de obter o grande amor de sua vida, Fernando Seixas. Dessa forma, o dinheiro acaba impondo o valor burguês que lhe era atribuído na sociedade do século XIX. A realização amorosa só se cumpre depois de Aurélia vencer a aparente esquizofrenia que parece conduzi-la á dúvida quanto às intenções de Fernando Seixas. O comportamento esquizóide manifesta-se nas atitudes antitéticas de desejar o amor do marido com todas as suas forças, mas lutar contra o mesmo até suas últimas reservas.

quinta-feira, 7 de março de 2013

PROVA DA PETROBRAS – AUDITOR(A) JUNIOR - 2011


LÍNGUA PORTUGUESA

TODAS AS QUESTÕES SERÃO AVALIADAS COM BASE NO REGISTRO CULTO E FORMAL DA LÍNGUA.

PETROBRAS – AUDITOR(A) JUNIOR - 2011

1ª Questão

 

Em relação às regras de acentuação gráfica, a frase que NÃO apresenta erro é:

(A) Ele não pode vir ontem à reunião porque fraturou o pé.

(B) Encontrei a moeda caida perto do sofá da sala.

(C) Alguém viu, além de mim, o helicóptero que sobrevoava o local?

(D) Em péssimas condições climaticas você resolveu viajar para o exterior.

(E) Aqui so eu é que estou preocupado com a saúde das crianças.

 

2ª Questão

A frase em que o complemento verbal destacado NÃO

admite a sua substituição pelo pronome pessoal oblíquo

átono lhe é:

(A) Após o acordo, o diretor pagou aos funcionários o

salário.

(B) Ele continuava desolado, pois não assistiu ao debate.

(C) Alguém informará o valor ao vencedor do prêmio.

(D) Entregou o parecer ao gerente para que fosse reavaliado.

(E) Contaria a verdade ao rapaz, se pudesse.

 

3ª Questão

I – __________________ ontem, na reunião, as questões

sobre ética e moral.

II – ___________________ muito, atualmente, sobre política.

III – ___________________ considerar as ponderações

que ela tem feito sobre o assunto.

As palavras que, na sequência, completam corretamente

as frases acima são:

(A) Debateram-se / Fala-se / Devem-se

(B) Debateu-se / Fala-se / Devem-se

(C) Debateu-se / Falam-se / Deve-se

(D) Debateram-se / Fala-se / Deve-se

(E) Debateu-se / Fala-se / Deve-se

 

4º Questão

A colocação do pronome átono destacado está INCORRETA

em:

(A) Quando se tem dúvida, é necessário refletir mais a

respeito.

(B) Tudo se disse e nada ficou acordado.

(C) Disse que, por vezes, temos equivocado-nos nesse

assunto.

(D) Alguém nos informará o valor do prêmio.

(E) Não devemos preocupar-nos tanto com ela.

 

5ª Questão

 

Considere as frases abaixo.

I – Há amigos de infância de quem nunca nos esquecemos.

II – Deviam existir muitos funcionários despreparados; por isso, talvez, existissem discordâncias entre os elementos do grupo.

Substituindo-se em I o verbo haver por existir e em II o verbo existir por haver, a sequência correta é:

(A) existem, devia haver, houvesse.

(B) existe, devia haver, houvessem.

(C) existe, devia haver, houvesse.

(D) existem, deviam haver, houvesse.

(E) existe, deviam haver, houvessem.

 

6ª Questão

A concordância nominal está corretamente estabelecida em:

 

(A) Perdi muito tempo comprando aquelas blusas verde-garrafas.

(B) As milhares de fãs aguardavam ansiosamente a chegada do artista.

(C) Comenta-se como certo a presença dele no congresso.

(D) As mulheres, por si só, são indecisas nas escolhas.

(E) Um assunto desses não deve ser discutido em público.

 

7ª Questão

O verbo destacado NÃO é impessoal em:

(A) Fazia dias que aguardava a sua transferência para o

setor de finanças.

(B) Espero que não haja empecilhos à minha promoção.

(C) Fez muito frio no dia da inauguração da nova filial.

(D) Já passava das quatro horas quando ela chegou.

(E) Embora houvesse acertado a hora, ele chegou atrasado.

 

8ª Questão

Sob Medida

Chico Buarque

 

Se você crê em Deus

Erga as mãos para os céus e agradeça

Quando me cobiçou

Sem querer acertou na cabeça

 

 

No fragmento acima, passando as formas verbais destacadas para a segunda pessoa do singular, a sequência correta é

(A) crês, ergues, agradecei, cobiçais, acertais.

(B) crês, ergue, agradece, cobiçaste, acertaste.

(C) credes, ergueis, agradeceis, cobiçaste, acertaste.

(D) credes, ergas, agradeças, cobiçais, acertais.

(E) creis, ergues, agradeces, cobiçaste, acertaste.

 

9ª Questão

O emprego da palavra/expressão destacada está INCORRETO em:

(A) Estava mau-humorado quando entrou no escritório.

(B) Indaguei a razão por que se empenhou tanto na disputa pelo cargo.

(C) Ninguém conseguiu entender aonde ela pretendia chegar com tanta pressa.

(D) Não almejava mais nada da vida, senão dignidade.

(E) Ultimamente, no ambiente profissional, só se fala acerca de eleição.

 

10ª Questão

Em qual dos pares de frases abaixo o a destacado deve

apresentar acento grave indicativo da crase?

(A) Sempre que possível não trabalhava a noite. / Não se referia a pessoas que não participaram do seminário.

 

(B) Não conte a ninguém que receberei um aumento salarial. / Sua curiosidade aumentava a medida que lia o relatório.

(C) Após o julgamento, ficaram frente a frente com o acusado. / Seu comportamento descontrolado levou-o a uma situação irremediável.

(D) O auditório IV fica, no segundo andar, a esquerda. / O bom funcionário vive a espera de uma promoção.

(E) Aja com cautela porque nem todos são iguais a você. / Por recomendação do médico da empresa, caminhava da quadra dois a dez